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03/06/2008 - Prevenção evita distúrbios
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Prevenção evita distúrbios

As tecnologias e os sistemas de organização do trabalho trouxeram inúmeras facilidades e vantagens. Entretanto, trouxeram com eles, também, distúrbios relacionados a movimentos repetitivos, ficar muito tempo sentado na mesma posição, trabalhar sob estresse intenso, esforço proveniente de levantamento constante de peso, além de fatores psicofísicos e sociológicos. Com isso, tornou-se comum os termos LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Segundo a fisioterapeuta Fabíola Andrade, da Unidade de Correção Postural (UCP) da Amil, o termo DORT é mais adequado, porque a lesão é uma alteração específica; já o distúrbio é um conjunto de síndromes que atacam os nervos, músculos e tendões e, portanto mais adequado, uma vez que o distúrbio pode não ter uma única causa. Segundo a especialista, esses distúrbios são mais freqüentes nos membros superiores e no pescoço, principalmente na cervical.

Os principais sintomas são dores de cabeça e nas costas. "As artérias passam pelos ossos da cervical e, quando há muita tensão nessa região, ocorre uma má circulação, que pode ter como conseqüência, vertigem, diminuição da memória e dificuldade de raciocínio". O corpo inteiro é constituído para funcionar com máximo rendimento. Se as estruturas corporais forem obrigadas a funcionar de forma diferente daquela que lhes é própria, desgastam- se prematuramente ou não oferecem, de forma satisfatória, a quantidade e a qualidade de trabalho necessário.

 

Prevenção


Se nada for feito desde o início, como prevenção, a saúde sof´rerá as conseqüências, pois a ocorrência de situações de tensão acabam provocando síndromes degenerativas e cumulativas, acompanhadas de dor ou incômodo. No trabalho, os resultados são sempre negativos e envolvem de afastamento do trabalhador, aposentadoria precoce e até os processos trabalhistas. "Portanto, é necessário que as pessoas se conscientizem que a prevenção é o melhor para evitar problemas", recomenda a fisioterapeuta. Ela assegura que a metodologia utilizada na UCP possibilita melhorar todas as funções corporais, trabalhando todo o corpo.

Primeiramente, é necessário observar a ergonomia do local de trabalho, adequando-se o mobiliário e os equipamentos ao trabalho a ser desenvolvido. "Além disso, é muito importante preparar o trabalhador para o que ele irá realizar", alerta. Adotar uma boa postura, segundo ela, é fundamental, não apenas para prevenir futuros distúrbios, mas também, para atuar nas lesões já existentes. "Muitas vezes, a pessoa não tem conhecimento do seu próprio corpo e não conhece o alinhamento correto", esclarece. A fisioterapeuta explica que os nervos que saem da coluna vão para todos os órgãos do corpo. Dessa forma, qualquer problema nessa região, pode afetar a respiração, a circulação sangüínea e outras funções. O principal, segundo Fabíola, é sentar-se de forma correta. "Quando você se posiciona de forma correta, consegue uma economia energética, melhora o funcionamento dos órgãos internos, tem maior disposição, mais saúde, bem-estar e melhor qualidade de vida", justifica Fabíola Andrade.
 
Saúde reflete no caixa da empresa

 

Qualquer trabalhador pode estar sujeito aos DORT. "Percebemos que quem sofre muita pressão psicológica no trabalho está predisposto ao desconforto ou dor persistente nos músculos, tendões e outras partes do corpo. Com tratamento adequado, muitas das condições da síndrome são reversíveis", explica a engenheira Maria Aparecida Frediani Rocha, especialista em Ergonomia e consultora da Vendrame Consultores Associados.

Afastamentos do trabalhador crescem constantemente por conta das DORT. "Atualmente, as empresas devem identificar os fatores de risco envolvidos em suas atividades e solicitar intervenções e programas ergonômicos que tenham respostas mais precisas para prevenir a questão do nexo causal entre o acometimento de uma DORT e o ambiente laboral, vez que a empresa pode ser prejudicada, tanto pelo afastamento do colaborador, quanto pelo ônus de uma indenização por acidente de trabalho", argumenta a consultora. Segundo a engenheira, é um tanto contraditório constatar que as empresas investem numa assessoria tributária para reduzir sua carga de tributos, que mantém em seus quadros grandes profissionais da área jurídica para revisarem seus contratos, mas não se preocupam com a saúde do trabalhador e seus reflexos nas finanças da empresa. "Grandes e sólidas empresas tiveram seu patrimônio comprometido pelo passivo trabalhista que apresentavam", pondera Maria Aparecida.

É importante, ainda, lembrar que não basta proporcionar um ambiente perfeito ao colaborador para estar livre de qualquer embaraço. É necessário que a empresa disponha de uma produção de documentos legais para preservar sua condição de diligente. "Negligência, imperícia ou imprudência da empresa têm sido fatores agravantes nos acidentes ou doenças do trabalho", pontua a engenheira. A preocupação legal com as doenças funcionais é ampla. Há diversas normas que tratam do assunto. O campo institucional que regula e orienta os aspectos envolvidos na questão ergonômica é definido pela Norma Técnica nº 606/1998, do INSS; pelas Normas Regulamentadoras da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho: nº 5 (CIPA), nº 7 (PCMSO) e nº 17 (Ergonomia); pela Portaria 1339/GM de 1999, do Ministério da Saúde; pela Resolução 1488/98 do Conselho Federal de Medicina e pela Norma Regulamentadora nº 17 da Portaria n.º 3.214/78 - NR-17, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Esta última estabelece o parâmetro que permite a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Estão incluídos aí, também, os aspectos relacionados ao levantamento, transporte e carga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e até à própria organização do trabalho. Portanto, as empresas devem fazer sua parte para assegurar aos trabalhadores condições ideais de trabalho. "Os colaboradores têm suas queixas, as quais podem ou não ser infundadas, porém deverão ser ouvidas e estudadas", recomenda a especialista.
 

Corpo pode ser restabelecido

 

O primeiro alerta de que há algo errado são as sensações de cansaço excessivo e fadiga. "Quando a pessoa sente isso, repousa e melhora, pode ser realmente cansaço ou excesso de trabalho.Porém, se ela descansa, mas logo que retorna ao trabalho volta a sentir os sintomas, é porque passou do limite", alerta a fisioterapeuta Fabíola Andrade, da Unidade de Correção Postural (UPC) da Amil. As queixas vão das simples dores de cabeça a rigidez muscular, a problemas mais sérios, como rompimento de tendões. São reclamações constantes de quem enfrenta esses problemas: formigamento, desconforto, edema, dores musculares, alterações de sensibilidade, presença de nódulos musculares, perda de força muscular e/ou motora, desalinhamento dos membros, hiperemia, sudorese, fadiga muscular, atrofia, compressão dos tendões, no último grau, pode apresentar, também, depressão, ansiedade, angústia e distúrbio do sono.

A UPC é um centro de diagnóstico, tratamento e prevenção das patologias posturais, que foi criado com o objetivo de oferecer aos clientes da Amil um serviço de fisioterapia avançado e com resultados efetivos. "Como no corpo humano tudo está interligado, não é recomendável tratar localizadamente o distúrbio, mas sim, o corpo como um todo", esclarece a fisioterapeuta. Dessa forma, a UPC trabalha com uma visão abrangente, não apenas as conseqüências dos problemas posturais, mas, principalmente, as suas causas. O modelo utilizado permite a reestruturação do corpo, com base na anatomia e na biomecânica do movimento.

Em sessões semanais, o tratamento é desenvolvido por meio de movimentos globais que proporcionam maior conhecimento e percepção do corpo, promovendo a autonomia para as atividades cotidianas. AUCPconta com uma equipe de fisioterapeutas altamente qualificados e preparados para oferecer o que há de melhor em tratamentos posturais. Esse trabalho é desenvolvido por meio de parceria com o Instituto Patrícia Lacômbe, que emprega o método de ginástica holística. A fisioterapeuta Patrícia Lacômbe é presidente da Associação Brasileira de Ginástica Holística, e é ela que treina todos os profissionais que atuam nas UPCs. O novo conceito empregado nessas unidades têm gerando índices altíssimos de sucesso nos tratamentos e nas pesquisas de satisfação. E tem conseguido, principalmente, reverter quadros clínicos graves, evitando até a realização de cirurgias.

 

Posicionamento nos equipamentos

Ergonomia é a ciência que visa a adaptar as condições de trabalho às características do trabalhador. Posturas inadequadas, que advém de um posto de trabalho mal dimensionado, ou que não se ajustem às variações antropométricas de cada indivíduo, assim como movimentos repetitivos são alguns dos fatores que mais predispõem o aparecimento de DORT. Em um posto de trabalho com computador, devem ser observados os seguintes aspectos:
 

CADEIRA

·         I A altura ideal deve ser de 48 a 58cm

·         O encosto deve estar a 110° do assento

·         Possuir apoio para a região lombar e dorsal

·         Os pés do trabalhador devem ter contato completo com ochão ou apoiados em suporte específico

·         As coxas do trabalhador permaneçam paralelas ao piso

·         O trabalhador deve estar próximo da superfície de trabalho

·          Os braços do trabalhador devem ficar apoiados.

 

MONITOR

·         A altura ideal da 1ª linha escrita deve ser de 155cm

·         A tela deve estar ao nível do horizonte ou levemente abaixo

·         O trabalhador deve localizar-se frontalmente

·         A iluminação deve ser adequada

·         Usar filtro no caso de brilho excessivo

·         O trabalhador deve ficar a 60 cm da tela
 

TECLADO E MOUSE

·         A altura ideal deve ser de 110 cm

·         Devem localizar-se próximos e na frente do trabalhador

·         Os cotovelos do trabalhador devem permanecer em ângulo de 90°

·         Os punhos do trabalhador devem ficar retos.

 





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