NOTÍCIAS
18/01/2008 - Manifestação

Diante das ameaças do governo de quebrar acordos firmados em 2007 com diversas categorias do funcionalismo público federal, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no DF (Sindsep) resolveu realizar um ato na próxima terça-feira (22), no Espaço do Servidor (Esplanada dos Ministérios).

Várias entidades de classe irão participar da manifestação, que vai contar com a animação do tradicional bloco carnavalesco O Pacotão. De acordo com o secretário-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves, o Grito dos Servidores é mais que um grito de carnaval. É uma forma que o setor encontrou para protestar contra a atitude do governo de tentar repassar a conta da CPMF para o serviço público. "Esta não é uma briga apenas dos servidores, que exigem o cumprimento dos acordos e a retomada das negociações que estavam em curso, mas de toda a sociedade. Do povo brasileiro que é quem utiliza o serviço público e quem sofre com o sucateamento do setor, que tem como resultado acidentes como o Metrô de São Paulo, há um ano atrás, e a volta da febre amarela agora. São apenas dois, dos inúmeros problemas que vivenciamos e enfrentamos diariamente por conta do desmonte do serviço público", disse Oton.

Segundo o sindicato, se a extinção da CPMF gerou uma conta, ela tem que ser paga pelos patrões, pelos banqueiros e não jogada nas costas dos servidores, que já enfrentam uma queda de investimentos nos salários e no serviço público em comparação ao aumento dos juros e encargos e ao pagamento da dívida pública. De acordo com estudo realizado pelo economista Washington Luiz Moura Lima, no período de 2002 a 2006, o crescimento no orçamento da União de gastos com pessoal foi 75%; o de investimentos públicos foi de 80% e o de juros e encargos foi de 240%. A queda no salário do servidor também é evidente na relação salário x receita corrente líquida (RCL) da União. Em 1995, a folha de pagamento do funcionalismo público correspondia a 56,2% da RCL; em 2006, esse percentual foi reduzido para 27%.

"Nunca é demais lembrar que, no dia seguinte à votação da CPMF, o próprio Lula defendeu a contratação de mais servidores e ainda declarou: - É preciso acabar com essa mania de que os funcionários públicos federais ganham bem. Na verdade, quase todos ganham mal". Então, o que teria mudado entre 14.12.07 e 2.1.08, quando o governo informou que poderia haver suspensão ou atraso na implantação dos acordos assinados e que outras negociações seriam suspensas? Os servidores também querem saber", afirma o secretário-geral.

Atualmente, o governo possui acordos assinados, que só precisam ser encaminhados para o Congresso Nacional em forma de MP ou PL, com os servidores do Banco Central, Ministério da Cultura e vinculadas (Iphan, Funarte, Biblioteca Nacional e Fundação Palmares), Hospital das Forças Armadas (HFA) e Ministério do Meio Ambiente/Ibama/ICMBIO (Especialistas em Meio Ambiente e PECMA).

Outras cinco categorias receberam propostas oficiais do governo: Incra, Funai, Ministério da Fazenda, Seguridade Social (Ministérios da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, DRTs, Funasa e CRPS) e DNIT. Já os servidores que integram o PGPE (todos os órgãos do Executivo, à exceção da Seguridade Social e daqueles que possuem carreiras específicas), da AGU, do DATASUS, da Carreira de Ciência e Tecnologia, da Imprensa Nacional, do FNDE e civis da Polícia Rodoviária Federal tiveram a negociação em curso rompida pelo governo. Todas estas categorias estarão organizadas em bloco para participar do ato.

Fonte: Site CUT

Campanha Salarial 2019/2020
➡ SERPRO
➡ DATAPREV
➡ PARTICULARES
➡ UNISYS
➡ BBTS

Notícias
Eventos
FAQ - Perguntas Frequentes
Jornal DF DADOS
Boletim informativo
Regulamentação da profissão
Contribuição Sindical
Atualize os dados da sua empresa
Cadastre-se e receba nosso boletim



Sindpd-df no Facebook


 



SINDPD-DF – Setor de Diversões Sul (SDS) – Ed. Venâncio V, Loja 04 – Asa Sul, Brasília – DF CEP 70.393-904 - Tel: (61) 3225-8089