Depois de conseguir bom crescimento por conta da expansão da economia e do poder aquisitivo da população, as seguradoras terão de apostar na tecnologia para se manter competitivas, acredita Reinaldo Roveri, da IDC. A interação com parceiros e outros agentes do setor deve ser um ponto importante na opinião do analista e do diretor de desenvolvimento de soluções da Mapfre Seguros, Carlos Alberto Goi. “A integração da cadeia produtiva é um ponto principal nas buscas pelo desenvolvimento de modelos operacionais mais eficientes e econômicos”, opina.

Alberto Goi adianta que haverá a necessidade de softwares de conectividade e, principalmente, de soluções mais disponíveis para parceiros e segurados, utilizando a web como principal ponto de apoio.

Confira as tendências de investimento em TI no setor Telecom
Projetos de infra-estrutura, segurança da informação e governança também estão no orçamento de TI da Mapfre para 2008, que irá crescer 25% em relação a 2007, atingindo R$ 90 milhões. “Teremos reforçado os aspectos de governança, um dos pilares das novas regras de solvência que se coloca para o mercado”, avalia de forma geral as tendências de investimento para o setor de seguros.

Na Porto Seguro, a adoção de uma metodologia focada na gestão de projetos e um processo de disponibilidade dos indicadores-chave de desempenho (KPI´s, na sigla em ingês) de serviços em tempo real para toda a organização tem ajudado a atender às expectativas e aos anseios das áreas de negócio. Com um orçamento previsto para ser 10% maior em 2008, o diretor de Informática da empresa, José Rodrigues, também afirma que a seguradora trabalhará fortemente nas interfaces entre os sistemas e entre estes com os usuários, buscando maior flexibilidade e agilidade. “O nosso principal desafio tem sido dar as respostas na velocidade exigida pelas áreas de negócio”, conta. No planejamento de Rodrigues está trabalhar com SOA, BPM (business process management) , mobilidade e web. “Além disto, teremos a construção de nosso data center”, adianta.

Certificação digital, BI e colaboração são alguns dos conceitos e tecnologias que devem estar na pauta do setor para o próximo ano, de acordo com Rodrigues.

Em 2008, além dos investimentos em WiMAX (até o fim do ano 20 agências devem ter a tecnologia como principal meio de comunicação), captura de imagens de cheques e biometria (até março, quase 300 pontos deverão contar com máquinas de reconhecimento de palma da mão), o Bradesco pretende dar continuidade às ações do Projeto TI Melhorias.

Desenhado em 2003 e colocado em prática a partir de 2006, o projeto é composto por 28 iniciativas para todos os segmentos da área de TI. “O banco quer estar apto a ter tecnologias para as próximas quatro ou cinco décadas”, comenta Laércio Albino Cezar, vice-presidente de tecnologia da informação e administração do banco.

Entre as ações previstas para o próximo ano estão a adoção do Windows Vista no parque de desktops, que foi atualizado neste ano. Também serão feitas reformas nos sistemas do banco que, até 2009, devem estar escritos em linguagem Java e com uma arquitetura componentizada. “É uma SOA própria, sem seguir técnicas empacotadas”, explica Cezar.

Mas um dos projetos mais importantes do ano será a migração para o novo centro de processamento em São Paulo, um prédio de 10 mil m², que consumiu R$ 170 milhões em investimentos e abrigará toda parte de tecnologia do banco (com contingência em um centro na região de Alphaville). “Temos um plano de migração bastante detalhado que levará um ano para ser feito”, explica Cezar. O orçamento de TI do Bradesco em 2008 não deve ser muito diferente do de 2007, algo em torno de R$ 1,8 bilhão deve ser investido. Segundo Cezar, o valor será impactado pelo projeto TI Melhorias.

Fonte: Fenadados