Segundo João, o Sindicato abraçou a luta pela campanha nacional de discussão do plano de salário e aguarda o calendário para iniciar as mobilizações com os trabalhadores do Serpro. “Não vamos aceitar a imposição da empresa. A ordem é protestar e fazer valer nosso diário de diálogo”, afirmou João.

Em tempo - A Fenadados considerou antidemocrática a atitude do Serpro em não discutir com os trabalhadores a criação do novo Plano de Gestão de Carreiras (PCS).

No início da campanha salarial de 2007, os representantes dos servidores reivindicaram a negociação do novo plano. Mesmo assim, a empresa entregou a proposta para o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), ignorando a reivindicação. Carlos Alberto Valadares, o Gandola, presidente da Fenadados diz não saber o que foi encaminhado para o Dest. Segundo ele, “esse plano está sendo encaminhado para avaliação do órgão controlador sem o devido debate com os trabalhadores. Então, no seu bojo, ele já traz um grau elevado de autoritarismo”.

“A Fenadados e os sindicatos jamais aceitarão o papel apenas de homologador das políticas desse RH ou dessa direção do Serpro. Os trabalhadores terão que se mobilizar imediatamente para discutir o seu ponto de vista”, disse o presidente que reforça a mobilização agora. A Fenadados quer um calendário de negociação. Para isso, deseja a participação ativa dos empregados da empresa na construção do novo PCS. Gandola explica que “a questão não é o projeto que foi encaminhado, pois os trabalhadores até poderiam concordar com ele. O problema é a forma com está sendo conduzido o processo, sem o Serpro negociar ou ouvir os trabalhadores e a representação sindical”. A Fenadados vê na negociação do novo plano a possibilidade de reapresentar o Plano de Cargo Único (PCU). Os trabalhadores do Serpro aprovaram o PCU em 2004, que nasceu para acabar com a disfunção e regularizar os salários. Atrela o pagamento, por meio de gratificação, à atividade desenvolvida.