Não houve consenso sobre a reposição ou desconto dos dias parados na greve realizada em junho e julho pelos empregados da Dataprev na audiência realizada hoje (6) no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A Fenadados apresentou proposta de 50% de abono e 50% de desconto, sendo que 25% de desconto de pecúnia e 25% de compensação em horas. A Dataprev apresentou números semelhantes, mas em desvantagem para o trabalhador como 50% de compensação, sendo 25% de desconto e 25% de abono.

Mediante o impasse entre a Fenadados e a Dataprev, o ministro Moura França, que presidiu a audiência, sorteou o relator que vai analisar o pedido de dissídio e o desconto ou reposição dos dias parados. “Sou otimista e acredito que todos devem ter um ato de grandeza, boa fé na negociação para conseguirmos a paz entre trabalhadores e empresas”, refletiu o ministro.

O relator sorteado para analisar o dissídio é o ministro Brito Pereira. Segundo Sávio Lobato, consultor jurídico do SINDPD-DF, o processo será remetido ao Ministério Público para parecer e posteriormente ao relator que vai emitir seu voto em nova audiência. “O ministro Moura França assumiu o compromisso de agilizar o processo e há possibilidade da votação acontecer ainda no mês de setembro. Caso não seja possível o relator apresentar seu voto neste mês, a audiência será em outubro”, explicou Sávio.

“Os trabalhadores não estão desamparados. O acordo 2006/2007 está em vigor. O que será julgado no dissídio são as reivindicações realizadas este ano, referente ao Acordo Coletivo de Trabalho 2007/2008 que estava sendo negociado”, explica Djalma Araújo, presidente do Sindicato. Segundo Sávio, o acordo em vigência não será alvo de análise do relator, somente a pauta de reivindicação deste ano com as cláusulas sociais e econômicas que não tiveram acordo. “Há muitos boatos para confundir o trabalhador, mas os trabalhadores estão protegidos pelo ACT em vigor e não precisam temer direitos garantidos em acordos anteriores”, explica Sávio.

Em tempo - O dissídio, inicialmente de natureza econômica, foi instaurado pela Fenadados no dia 17 de agosto. Após a instauração do dissídio, as partes chegaram a se reunir informalmente no TST com o ministro Gelson de Azevedo, na tentativa de uma composição que solucionasse o problema dos dias de paralisação, mas não houve consenso. Sem consenso, foi marcada nova audiência para o dia 6 de setembro e sorteado o relator para análise do dissídio.

Trabalhadores, não se deixem levar por informações oficiosas. Consulte sempre os site oficiais da categoria: www.fenadados.org.br e www.sindpd-df.org.br

Assessoria de Comunicação do SINDPD-DF