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12/07/2007 - Trabalhadores da Dataprev e Serpro em greve |
Mesmo após os trabalhadores demonstrarem insatisfação e constrangimento com as propostas das empresas Serpro e Dataprev, a parte mais sensível do processo de negociação, que é o reajuste salarial, seguiu com lentidão. Como a intenção de agilizar o processo e melhorar os reajustes propostos, os servidores das duas empresas decidiram entrar em greve no dia 10 de julho. Antes disso, ocorreram paralisações em junho.
No Serpro, os trabalhadores cruzaram os braços por 24 horas no dia 28 de junho. Participaram da mobilização os estados: BA, CE, DF, ES, MA, MG, PA, PB, PR, RJ, RS. Na Dataprev, foram realizadas duas greves neste ano. A primeira foi de 24h, no dia 14 de junho, e a segunda foi de 48h, dias 27 e 28. As paralisações da Dataprev tiveram o apoio dos seguintes estados: AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, PE, PB, PR, RJ, RS, SP, SE e SC.
O compromisso dos trabalhadores com o movimento de campanha salarial se refletiu na união e organização do movimento de greve. Além do apoio massivo dos estados, o percentual de adesão dos trabalhadores foi por volta de 90%. Em muitos casos, apenas a contingência seguiu trabalhando.
Novas mesas de negociação aconteceram depois das paralisações, e tudo que a coordenação de campanha salarial constatou foi desprezo por parte das empresas pela categoria e o não reconhecimento do empenho do trabalhador. Os índices de reajuste salarial tiveram tímidos avanços (3,5% no Serpro e 4,0% na Dataprev), mas que não se aproximam de devolver o poder de compra do corpo funcional das empresas, muito menos de reverter o processo de arrocho salarial que vem ocorrendo na última década.
No dia 4 de julho, o Comando Nacional de Campanha se reuniu para deliberar sobre o resultado das mesas, no auditório do Hotel Bristol, em Brasília (DF). Com a orientação jurídica do assessor da Fenadados, o advogado Marthius Sávio, e esclarecimentos econômicos de Clóvis Scherer, representante do Dieese, o Comando decidiu que nova greve é necessária – desta vez por tempo indeterminado.
Direito Constitucional
A representação dos trabalhadores destaca que a greve é um dispositivo democrático assegurado pelo artigo 9º da Constituição Federal Brasileira de 1988. A paralisação se mostra essencial, pois a situação é preocupante – as empresas têm que entender que é preciso negociar.
Os estados que apoiaram a greve por tempo indeterminado na Dataprev, a partir do dia 10, foram: AL, AM, BA, CE, GO, MA, MG, PB, PE, PI, PR, RN, RS, SE, SP, SC. Aprovaram paralisação de 72h os estados: DF e RJ
Já os trabalhadores do Serpro ainda realizam assembléias por todo o Brasil. Até o momento está aprovada a greve por tempo indeterminado nos estados: CE, DF, ES, PA, PE, PB, RS. Pela paralisação de 24h: PR e SE. BA aprovou greve por 48h e o MA fará manifestação na porta da empresa.
Fonte: Informadados
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