O Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (www.inbravisa.com.br) informa que o formol é uma substância tóxica utilizada como anti-séptico, bactericida e até para conservar cadáveres, mas não é de agora que ele faz parte do coquetel de cremes capilares utilizados para alisar os cabelos em um processo conhecido como escova progressiva.
A exposição ao formol pode causar diversos danos à saúde e até a morte. Porém, apesar dos riscos, essa prática clandestina é comum em grande parte dos salões de cabeleireiros. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o produto como uma substância cancerígena. Utilizar o formol como alisante para cabelos é ilegal. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não registra alisante capilar que tenha como base essa substância.
Contudo, por ter um resultado aparentemente satisfatório e custar muito mais barato do que os produtos legalizados e devidamente registrados, o formol ficou popular entre os cabeleireiros.
A morte da dona-de-casa Maria Eni da Silva, de 33 anos, chamou a atenção novamente para o problema. Ela morreu após fazer uma escova progressiva. Mais e mais casos estão sendo notificados em vários órgãos de vigilância sanitária por todo o país
"Não existe no mercado sequer uma marca legalizada de produtos para escova definitiva ou progressiva que contenha formol", explica Rui Dammenhain, especialista em vigilância Sanitária e diretor presidente do INBRAVISA.
Segundo Dammenhain, aproveitando a onda das escovas de chocolate, leite, morango, entre outras, muitos salões simplesmente misturam o formol às essências aromáticas e aplicam nos cabelos das clientes como se fosse um produto novo e legalizado.
A saída para alisar os cabelos estão nos produtos a base de tioglicolato de amônio e o carbonato de guanidina, que são registrados na ANVISA e fabricados por empresas conceituadas e reconhecidas.
"Os responsáveis pelos salões não se deram conta que podem ser presos por usarem produtos sem registro além de terem seu estabelecimento lacrado pela vigilância sanitária", explica Guilherme Soderi Neiva Camargo , advogado e consultor jurídico do INBRAVISA.
Apostando na ineficiênca das equipes de fiscalização sanitária e contando com a conivência das clientes que querem um cabelo liso o problema ganha dimensões praticamente incontroláveis.
Fonte: Saúde News Journal
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