A Comissão Paritária de Saúde reivindicou a retomada do diálogo com Geap e a direção da Dataprev voltou à mesa de negociação com o plano de saúde. Na próxima quinta-feira, dia 14/3, a Dataprev e a Geap assinam o novo contrato, visto que a empresa estatal era uma das instituições do plano e que era real o desejo em ter novamente a Dataprev como uma conveniada. O ato atende o desejo dos trabalhadores aprovado em assembleias estaduais. 

Na reunião com a nova direção da Geap - que não tinha mais um general em seu comando e que foi o autor do rompimento unilateral do contrato com a empresa - ocorreu uma aproximação entre as diretorias e o ajustamento entre os jurídicos para tratar do passivo pendente. 

“Sabemos que num primeiro momento será nos mesmos moldes do que hoje é ofertado pelas operadoras de plano de saúde que atuam dentro da Dataprev, e que vai caber ao trabalhador decidir qual plano de saúde ele vai escolher para lhe assistir, e isso vai desde o preço do plano até a rede credenciada, que cada operadora tem a oferecer para cada um de nós”, explica Claudia Lemos Vilarins, diretora do SINDPD-DF e membro da CPS.

Entenda a questão do plano de saúde 

Desde 2020, quando foi inserida no Acordo Coletivo de Trabalho da Dataprev, a criação da Comissão Paritária de Saúde, representante dos trabalhadores e trabalhadoras, se manteve firme na luta para fazer valer a decisão das assembleias estaduais que deliberaram pela defesa e contratação de um plano de saúde nos mesmos moldes da Geap.

Em 2023, a empresa contratou uma consultoria e o resultado da pesquisa ratificou aquilo que a comissão já defendia há muito tempo, que era a contratação de um plano de autogestão em saúde para a Dataprev e seus funcionários.

“Nunca é demais lembrar que sempre lutamos pela paridade no plano de saúde da Dataprev, numa época em que os trabalhadores pagavam quase 82% do plano e a empresa arcava com menos de 20%. Quando a CGPAR caiu, lutamos para mudar isso, e conseguimos uma melhoria significativa. Vamos nos manter atentos e vigilantes na defesa daquilo que foi deliberado por nossos colegas nas assembleias estaduais”, conclui Claudia Lemes Vilarins.