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07/03/2022 - DIA INTERNACIONAL DA MULHER: NÃO QUERO FLORES. QUERO PARIDADE DE DIREITOS

O Dia 8 de Março não é uma data para dar parabéns ou flores as mulheres. A prática de comercializar datas comemorativas é um hábito do comércio, mas não podemos incentivar que isso aconteça com o Dia 8 de Março. A data é para lembrar e reivindicar lutas históricas por igualdade de gênero, igualdade salarial, contra o feminicídio e a violência generalizada contra a mulher. 

 

Problemas a serem resolvidos que, passadas décadas de protestos das mulheres e de celebrações da data, a evolução ainda é pequena. Mas avançamos no poder de fala, o que antes se escondia, agora se dá publicidade e é rechaçado. 

A exemplo da fala do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), que tipifica em um áudio enviado a amigos, que as ucranianas são lindas e "são fáceis" porque "elas são pobres". 

Mais uma vez, a mulher vista como um objeto, colocada em uma situação de vulnerabilidade e em meio a uma guerra, onde terá todo tipo de violência. 

É um reforço das diferenças. É uma violência na fala, que muitas vezes é expressada abertamente ou sutilmente nos ambientes de trabalho, na família, nas relações de amizade e amorosas. 

Neste Dia 8 de Março, o SINDPD-DF convida os trabalhadores a reflexão “sobre como a sociedade trata as mulheres e qual mundo desejamos construir”? É um momento de repensar atitudes. Cabe aos homens observarem que tipo de comportamento estão tendo com a colega de trabalho, que tipo de comportamento a chefia tem com as mulheres de sua empresa, e não aceitar comportamentos abusivos. É crucial o apoio a mulher que está em uma situação de assédio moral ou sexual ou qualquer outro tipo de desrespeito. 

A sociedade que desejamos construir é em equilíbrio, como um pássaro, em que as duas asas precisam estar em igualdade para que ele voe, assim é a nossa sociedade, enquanto não houver equidade de gênero, o planeta vai andar capenga e não vamos alcançar as potencialidades que tanto desejamos. 

 

Fica o nosso convite a reflexão para todos os homens e o apoio a todas as mulheres da nossa categoria de TI. Se você está vivenciando uma situação abusiva em sua empresa, não sofra calada. Procure o sindicato!

 

Diretoria do SINDPD-DF

 

Por que 8 de Março? 

Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Essa data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo e a violência.

 

História do Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher existe, enquanto data comemorativa, como resultado da luta das mulheres por meio de manifestações, greves, comitês etc. Essa mobilização política, ao longo do século XX, deu importância para o 8 de março como um momento de reflexão e de luta. A construção dessa data está relacionada a uma sucessão de acontecimentos.

 

Uma primeira história que ficou muito conhecida como fundadora desse dia narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio ocorrido nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Supostamente, esse incêndio teria sido intencional, causado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, por isso teria trancado suas funcionárias na fábrica e ateado fogo nelas. Essa história, contudo, é falsa e, por isso, o 8 de março não está ligado a ela.

 

Existe, no entanto, outra história que remonta um incêndio que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu na Triangle Shirtwaist Company e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres.

As causas desse incêndio foram as péssimas instalações elétricas associadas à composição do solo e das repartições da fábrica e, também, à grande quantidade de tecido presente no recinto, o que serviu de combustível para o fogo. Além disso, alguns proprietários de fábricas da época, incluindo o da Triangle, trancavam seus funcionários na fábrica durante o expediente como forma de conter motins e greves. No momento em que a Triangle pegou fogo, as portas estavam trancadas.

 

Influência do movimento operário

O acontecimento em Nova York é significativo, pois evidenciou a precariedade do trabalho no contexto da Revolução Industrial. Isso, no entanto, não pode apagar a influência da luta operária e dos movimentos políticos organizados pelas mulheres. Sendo assim, é importante afirmar que o Dia Internacional da Mulher não foi criado por influência de uma tragédia, mas sim por décadas de engajamento político das mulheres pelo reconhecimento de sua causa.

 

A mobilização política de mulheres trabalhadoras contra a desigualdade de gênero, no âmbito profissional, foi uma das grandes influências para o 8 de março.

 

Em 1910, na cidade de Copenhague, ocorreu o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, que foi apoiado pela Internacional Comunista. Nesse evento, Clara Zetkin, membro do Partido Comunista Alemão, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher, sem, entretanto, estipular uma data específica.

 

Essa proposta era fruto tanto do feminismo, que ascendia naquela época, quanto das correntes revolucionárias de esquerda, como o comunismo e o anarquismo. Clara Zetkin era engajada com campanhas que defendiam o direito das mulheres no âmbito trabalhista. Sua proposta visava a possibilitar que o movimento operário pudesse dar maior atenção à causa das mulheres trabalhadoras.

 

O incêndio de 1911 viria a ser sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres (tal como sugerido por Clara Zetkin). A maioria dos movimentos reivindicavam melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e, por conseguinte, a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais (entre outros) para as mulheres.

 

Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX. O movimento feminista e as demais associações de mulheres capitalizaram essas manifestações, de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária. Foi o que aconteceu em 08 de março de 1917, na Rússia.

 

O ano de 1917, na Rússia, foi fortemente marcado pelo ciclo revolucionário que derrubou a monarquia czarista. Nesse clima de agitação revolucionária, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, no dia 8 de março, e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução Bolchevique.

 

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher foi oficializado em 8 de março pela ONU, em 1975.

 

Após a Segunda Guerra Mundial, o dia 08 de março tornou-se aos poucos o símbolo principal de homenagens às mulheres (em virtude da greve das russas). Também foi associado ao mês de março, a partir de então, o evento do incêndio em Nova York, ocorrido no dia 25, como narrado anteriormente.

 

A partir dos anos 1960, a comemoração do dia 8 de março já tinha se tornado tradicional, mas foi oficializada pela ONU apenas em 1975, quando essa organização declarou o Ano Internacional das Mulheres, como uma ação voltada ao combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo. Como parte desses esforços, o dia 8 de março foi oficializado como o Dia Internacional da Mulher.

 

Fonte: SILVA, Daniel Neves. "8 de março – Dia Internacional da Mulher"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-mulher.htm. 

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