O SINDPD-DF se reuniu com os trabalhadores da BBTS/Cobra para esclarecer e discutir a estratégia da campanha salarial 2017/2018, que ainda está aberta em negociação.
Com o fim da Ultratividade, que garantia o cumprimento do acordo vigente até que se tenha firmado um novo acordo, a preocupação dos dirigentes sindicais é com a perda de direitos no acordo atual, em caso de um dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Tem sido usadas diferentes estratégias para se evitar essa possibilidade.
Na última mesa de negociação, a representação dos trabalhadores fez a proposta de um acordo de 2 anos COM REAJUSTE ECONÔMICO, com o intuito de prevenir possíveis perdas de direitos até que se melhore o cenário atual. A empresa ficou de avaliar a proposta e a resposta deve ser apresentada na mesa do próximo dia 21/3.
GREVE?
O sindicato não vai se furtar em fazer a luta em defesa dos direitos e reivindicações dos trabalhadores e ela acontecerá no momento oportuno. Mas ainda não é hora, uma vez que as negociações estão em aberto e um ato precipitado pode permitir a empresa ajuizar uma ação unilateral de dissídio coletivo de greve. A orientação da representação dos trabalhadores é deliberar sobre os próximos passos após a mesa de negociação com a empresa definindo o rumo final desta campanha.
EMPRESA JÁ AVANÇOU EM ALGUMAS CLÁUSULAS
Na última rodada de negociação realizada com a empresa houve o avanço na renovação das cláusulas sociais e sindicais, garantindo quase a totalidade dessas cláusulas do Acordo Coletivo. No entanto, a empresa registrou que esta proposta só terá validade se for acatada na íntegra, incluindo a proposta de jornada 12X36.
Registrou também seu interesse em levar a Campanha Salarial 2017/2018 para ser decidida no TST.
A Fenadados insistiu na renovação das cláusulas do ACT vigente e na rejeição do reajuste zero, pois tinha autorização e aprovação dos trabalhadores nas assembleias estaduais.
A manutenção das cláusulas do Acordo Coletivo dos Trabalhadores é fundamental. Com a Reforma Trabalhista que foi aprovada e entrou em vigor em novembro/2017, a intenção do governo e consequentemente da direção da BBTS/Cobra Tecnologia é a de supressão de direitos. Como não estão conseguindo este objetivo com as negociações salariais tem trabalhado com as Normas Internas para atingir seu intento de supressão de direitos.
A Cobra Tecnologia chegou na reunião reiterando a proposta de reajuste zero. É preciso registrar que a empresa está superavitária, portanto com condições reais de apresentar uma proposta econômica.
POR QUE O DISSÍDIO NÃO É VANTAGEM PARA OS TRABALHADORES?
Ocorre que a ida ao TST (dissídio coletivo) neste momento, não nos dá segurança e garantia nenhuma. A direção da Cobra iniciou esta campanha tentando impor retirada de cláusulas que constam no ACT vigente. Com as reuniões de negociações conseguimos até o momento renovar quase que a totalidade das cláusulas sociais e sindicais. O governo diz e age da seguinte forma: aos trabalhadores nada às negociações políticas o que for necessário...
O que pode ocorrer no TST é que o acordo coletivo poderá ser alterado, pois por parte da direção da Cobra Tecnologia a renovação das cláusulas está condicionada a concordância/aceitação de toda a sua proposta, inclusive o reajuste zero para as cláusulas econômicas. O momento é de continuarmos privilegiando o processo negocial. Para tanto, propusemos nova rodada de negociação para o dia 21 de março/2018, onde aguardamos manifestação da diretoria da empresa para que possamos continuar com as tratativas da Campanha Salarial.
