O SINDPD-DF vai ajuizar ações contra as empresas particulares que não cumpriram o acordo de pagamento do reajuste do tíquete-alimentação até 30 de junho, assim como a primeira parcela do retroativo desses valores. Veja a ata que registra o acordo do sindicato dos trabalhadores com o sindicato patronal.  

É importante que os trabalhadores denunciem neste link http://www.sindpd-df.org.br/denuncias.php ou no e-mail osiel@sindpd-df.org.br o nome das empresas que não pagaram, pois o sindicato não tem como ter essa informação sem a colaboração do empregado. Juntamente com o nome da empresa é importante ser enviado o extrato do tíquete-alimentação para embasar a ação, pois ele comprova que não houve nem o reajuste e nem o pagamento. O extrato pode ser retirado pela Internet com o número do cartão alimentação. Basta imprimir e apagar o nome do trabalhador, escanear e anexar ao email.

Essas denúncias com os nomes das empresas e o comprovante do tíquete-alimentação devem ser realizadas até sexta-feira, 7/7, prazo para que o SINDPD-DF protocole a ação. Importante! Os nomes dos trabalhadores que efetuarem as denúncias não serão mencionados na ação judicial. O sigilo do nome dos trabalhadores está preservado. 

Assinatura da CCT 2016/2017 – O SINDESEI-DF se negou a assinar a Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2017 na reunião que ocorreu dia 06/06. O patronal quer condicionar a assinatura da convenção a um acordo de dois anos, 2016 a 2018. Segundo afirmações dos empresários, a medida seria necessária para repactuar os contratos com os órgãos de governo.  

O SINDPD-DF se negou a aceitar o acordo e discutiu em assembleia com os trabalhadores. Em mesa, o sindicato reafirmou que o prazo para pagamento do tíquete-alimentação estipulado para o dia 30 de junho está mantido, inclusive algumas empresas já pagaram no início do mês de junho. O SINDESEI assumiu o compromisso de fazer um comunicado orientando as empresas de que procedam os pagamentos nas datas estipuladas. 

Em assembleia no dia 13/6, os trabalhadores de TI das particulares do Distrito Federal rejeitaram a proposta do sindicato patronal (SINDESEI-DF) de reajuste linear de 3,67% para a campanha salarial 2017/2018.

Uma contraproposta foi aprovada pelos trabalhadores com reivindicação de 5% de reajuste de salário, acima da inflação do período de 4,08%; R$ 3,00 de aumento no tíquete alimentação para jornada de trabalho de seis e oito horas e uma cartela extra nas férias ou no final de ano, licença maternidade de cinco meses e auxílio creche a ser negociado entre as partes. 

Como a CCT 2016/2017 foi para dissídio coletivo e o processo negocial foi fechado após outra data-base, 1º de maio de 2017, o SINDESEI-DF solicitou ao SINDPD-DF a inclusão no mediador do Ministério do Trabalho e Emprego da proposta bianual, garantindo o que foi negociado.  Os trabalhadores decidiram condicionar a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho para o biênio 2016 a 2018 a uma melhor proposta para a convenção deste ano, 2017/2018. 

“O que observamos é um claro desrespeito de algumas empresas ao acordo firmado, com uma desculpa infundada de que necessitam da CCT homologada. Sabemos que isso não procede porque a homologação é para uma questão administrativa de repactuação de alguns contratos com seus clientes e órgão de governo. O que vemos é a má vontade de certas empresas, que constantemente estão desrespeitando o direito dos trabalhadores. O dano será para a empresa, pois além dos valores pactuados ainda corre o risco de pagar as  multas obrigatórias da CLT e do judiciário”, afirma Osiel Rocha, coordenador da campanha das particulares.