Nesta terça-feira, 13/6, os trabalhadores de TI das particulares do Distrito Federal rejeitaram a proposta do sindicato patronal (SINDESEI-DF) de reajuste linear de 3,67% para a campanha salarial 2017/2018, em assembleia convocada pelo SINDPD-DF. 

Uma contraproposta foi aprovada pelos trabalhadores com reivindicação de 5% de reajuste de salário, acima da inflação do período de 4,08%; R$ 3,00 de aumento no tíquete alimentação para jornada de trabalho de seis e oito horas e uma cartela extra nas férias ou no final de ano, licença maternidade de cinco meses e auxílio creche a ser negociado entre as partes. 

A proposta dos trabalhadores está condicionada a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho para o biênio 2016 a 2018, a fim de que os empresários possam repactuar os contratos com os órgãos de governo. Como a CCT 2016/2017 foi para dissídio coletivo e o processo negocial foi fechado após outra data-base, 1º de maio de 2017, as empresas ficam impedidas de repactuar seus contratos e repassar aos órgãos de governo, que são os principais contratantes, os valores dos reajustes concedidos. Como alternativa jurídica para resolver esse problema, o SINDESEI-DF solicitou ao SINDPD-DF a inclusão no mediador do Ministério do Trabalho e Emprego da proposta bianual, garantido o que foi negociado.  

A Direção do SINDPD-DF avaliou que os trabalhadores é que deveriam analisar em assembleia a proposta e dizer se concordavam com esse ajuste ou não.

“Não é intenção do trabalhador prejudicar as empresas e, por esse motivo, houve a concordância com essa excepcionalidade de assinatura, garantindo todo o acordo 2016/2017, que já foi pago o reajuste de 9,28% e iniciou-se o pagamento dos novos valores do tíquete alimentação e dos retroativos correspondentes a data-base de 1º de maio de 2016”, explica Osiel Rocha, coordenador da campanha das particulares.

O trabalhador entende que sua boa fé para auxiliar os patrões seja convertida em uma proposta melhor de reajuste salarial e outros avanços.

O SINDPD-DF comunicou o SINDESEI-DF da rejeição da proposta econômica da campanha salarial 2017/2018 e apresentou a contraproposta dos trabalhadores, a fim de que seja agendada nova mesa de negociação.

Fotos: Marcelo Lima