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08/03/2016 - SINDPD-DF realiza seminário de preparação para campanha salarial 2016/2017 das particulares

A diretoria do SINDPD-DF realizou neste sábado (5/3), na LBV, um seminário de preparação para a Campanha Salarial 2016/2017 dos trabalhadores das empresas particulares. O evento se dividiu em dois paineis sobre conjunturas e cenários político e econômico do Brasil.

O objetivo do seminário foi capacitar diretores, representantes sindicais e trabalhadores para a realidade das negociações com o patronal. A expectativa é de que a próxima negociação será difícil, o que antecipa a programação do sindicato para preparar a categoria, a fim de avançar ainda mais nos direitos e conquistas.

Capacitar para avançar

A preocupação ocorre neste momento tão delicado que atravessa o País e a proposta do SINDPD-DF é preparar as lideranças e trabalhadores para os próximos desafios. De acordo com o coordenador da Campanha Salarial das Particulares, Osiel Rocha, “durante a campanha, os empregados pensam apenas em números que não condizem com a realidade, e o seminário serviu de subsídio para desmitificarmos várias ideias equivocadas”, afirmou.

O diretor Claudinei Pimentel também destacou que o trabalhador participa das assembleias da campanha salarial apenas com o entendimento de data-base e dissídio. “A campanha vai muito além disso. Precisamos, dentre outras coisas, entender sobre a inflação, a política e a economia”, ressaltou.

Análise de conjuntura econômica

O painel foi apresentado pelo técnico do DIEESE, Max Leno de Almeida, e segundo ele, o processo de campanha é um momento muito importante para as categorias. “Não tem como desvincular o cenário da economia da pauta de reivindicação”, explicou.

Para Max, o setor de serviços é o que mais cresce atualmente. “”O mundo vive sofrendo transformações e o setor de TI foi extremamente responsável por isso. À medida que essas tecnologias surgem, o trabalho das pessoas fica mais produtivo. Esse ponto pode ser usado pela categoria como barganha na mesa de negociação, analisa. 

Porém, Max explica que o cenário econômico do Brasil precisa ser levado em consideração. “As próximas negociações serão mais difíceis, em virtude do contexto internacional de crise; da estagnação do PIB; da inflação mais alta; do desemprego com sinais de alta; da taxa básica de juros mais alta; do investimento público menor e, principalmente, do ajuste recessivo do governo federal e a flexibilização das leis do trabalho promovida pelo Congresso Nacional mais conservador.

Julgamento de dissídio coletivo não é garantia de reposição da inflação

Outro fator ressaltado pelo técnico do DIEESE é que o percentual da inflação não está garantido nas negociações. “O trabalhador costuma pensar que a taxa da inflação, relativa ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) utilizado para reajuste salarial já está garantida em caso de dissídio coletivo julgado em tribunal, mas não é dessa forma. Conceder o reajuste medido pela inflação fica a critério do Ministro do Trabalho que vai intermediar as negociações entre o sindicato e o patronal”, explica.

Para Max, o que vai fazer grande diferença em uma campanha salarial é a capacidade de mobilização dos trabalhadores, fundamental para um resultado positivo. “A base precisa ser forte, participativa e bem estruturada”, avalia.

Análise de conjuntura política

Painel apresentado pelo assessor político do SINDPD-DF, João R. Alves dos Santos. Segundo o palestrante, a sociedade brasileira ainda tem profunda desigualdade entre as classes, mas algumas foram enfrentadas no Governo Lula e no primeiro Governo de Dilma. “O Estado foi o indutor do desenvolvimento do país e não somente regulador. Isso se deve aos setores progressistas dos dois governos, Lula e Dilma", explica.

O assessor ainda argumenta que o atual cenário de crise política do país faz parte das agendas da elite e da bancada conservadora do Congresso Nacional. “O foco deles é derrubar a classe trabalhadora e, com isso, pretendem derrubar a Dilma, aumentar a taxa Selic, diminuir o peso dos bancos públicos com privatizações (o PLS 555 está na pauta do Senado), alterar o conceito de trabalho escravo com privatizações (o PLC 30 está na pauta da Câmara), fragilizar a Petrobras, entre outras tantas medidas retrógadas.

Na visão de João, o cenário só vai mudar quando os trabalhadores e as centrais sindicais adotarem uma agenda pró-crescimento para a preservação do emprego e da renda, o que é crucial para estancar o retrocesso social. “A retomada do crescimento econômico e industrial permite a expansão das oportunidades de emprego qualificado, a continuidade da política de valorização salarial, a ampliação dos gastos sociais e o incremento das rendas das famílias. Os benefícios sociais que hoje existem foram frutos de muita luta e às vezes de sacrifício de trabalhadores", ressaltou. 

Nesta terça-feira, 8/3, o SINDPD-DF convoca os trabalhadores para assembleia das Particulares no CONIC, às 12h30, a fim de discutir a pauta de reivindicação e outros assuntos de interesse da categoria. 

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