A audiência demorou cerca de três horas e ao final o ministro Ives Gandra apresentou sua proposta, que foi aprovada em assembleia pelos trabalhadores, conforme abaixo:
1) Reajuste salarial de 9% a ser implementado integralmente na folha de pagamento do mês de dezembro/2015, retroativamente aos salários de 1 de outubro de 2015;
2) Aplicação do índice da inflação acumulada do período, de 9,5% a todos os benefícios constantes do Acordo, à exceção do vale-alimentação e vale-refeição, em relação aos quais será aplicado o reajuste de 10,4% correspondente à variação da inflação do item alimentação;
3) Manutenção das demais cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho anterior, acrescido da cláusula já acertada sobre o vale-transporte em pecúnia;
4) Encerramento do movimento paredista a partir da zero hora do dia 3 de dezembro de 2015;
5) Compensação, no prazo de 180 dias, de 10 dos 16 dias parados, nesta proporção, em relação aos dias úteis efetivamente não trabalhados. (Compensação de 60% dos dias parados e abono de 40%).
Para a dirigente sindical, o avanço na proposta foi possível pela pressão dos trabalhadores em greve, que fortemente mobilizados e apoiados pelo SINDPD-DF conseguiram reverter uma proposta de reajuste salarial que inicou em 3%.
“O avanço só foi possível por interferência do ministro, pois a Cobra afirmou ter um teto máximo de 7,7%. Como o ministro não obteve êxito na negociação com a empresa e pôde constatar sua intransigência, formulou uma proposta justa e mais próxima da reivindicação dos trabalhadores”, afirmou Maria do Socorro, diretora do SINDPD-DF.