A manifestação pacífica dos trabalhadores do Serpro com apoio do SINDPD-DF foi interrompida violentamente na tarde desta quarta-feira, 23/9, por ação policial. Os trabalhadores fecharam duas pistas da via L2 Norte, onde está a sede Regional da empresa, para protestar contra a proposta econômica de reajuste apresentada em mesa de negociação para os próximos quatro anos e com índice abaixo da inflação.
A PM foi acionada e em uma ação truculenta lançou gás de pimenta contra os manifestantes e atingiu a diretora Jurídica do SINDPD-DF, Antonia Pontes, e alguns trabalhadores enquanto negociavam a liberação de mais uma das pistas.
Covardia - "Foi uma agressão covarde contra uma mulher trabalhadora e dirigente sindical que estava negociando com a polícia. Em muitos momentos pedi calma e, mesmo assim, um major me agrediu com spray de pimenta nos olhos e atingiu outros trabalhadores. Somos um sindicato de luta e nem mesmo essa repressão vai calar o nosso movimento", afirma Antonia Pontes, diretora Jurídica do SINDPD-DF.
O presidente do SINDPD-DF, Djalma Ferreira, fez contato com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para denunciar a agressão e pedir apoio contra o ato da PM. Outras ações jurídicas e políticas serão tomadas contra esse desrespeito a liberdade de manifestação dos trabalhadores.
"O SINDPD-DF está em ação e vamos fazer denúncia na Corregedoria contra o major que agrediu a companheira Antônia e outros trabalhadores. Não podemos aceitar esse tipo de atitude quando promovemos ações pacíficas e de direito dos trabalhadores", afirma o diretor Claudinei Pimentel.
Mobilização continua - Mesmo com a pressão policial e o descaso com que o Serpro tem tratado os trabalhadores, nova paralisação de protesto e pedido de respeito será realizada nesta quinta-feira, 24/9, com concentração a partir das 13h no Serpro Sede.
Veja o vídeo do momento da agressão.
A DIRETORIA DO SINDPD-DF LAMENTA O OCORRIDO E SE SOLIDARIZA COM OS TRABALHADORES E A NOSSA DIRETORA. AÇÕES COMO ESSA SEMPRE SERÃO COMBATIDAS VEEMENTEMENTE PELA NOSSO SINDICATO, POR ENTENDERMOS QUE OS TRABALHADORES TEM LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO E DEFESA DE SEUS DIREITOS.
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