Em protesto contra a proposta pífia de reajuste das empresas, que sequer oferecem reposição do valor da inflação, os trabalhadores em TI das particulares do Distrito Federal vestiram preto nesta segunda-feira (20). Os patrões têm até terça-feira (28), data escolhida para a próxima assembleia, para responder à decisão dos trabalhadores, já mobilizados para uma possível paralisação.

Reunidos em assembleia na última quinta-feira (16), centenas de trabalhadores em TI das empresas particulares do DF recusaram por unanimidade a contraproposta do sindicato patronal – reajuste de 5,5% sobre o salário de abril e de 1% apenas em dezembro, sendo que este último sem retroagir a maio – e decidiram manter a reivindicação inicial, de 10% de ganho real e 8,17% correspondentes à inflação.

O diretor do SINDPD-DF, Osiel Rocha, coordenador da Campanha, afirma que a adesão ao protesto de segunda foi grande e mostrou que os trabalhadores estão se engajando cada vez mais na luta pelos seus direitos. Funcionários de várias empresas usaram a simbólica roupa preta e enviaram fotos ao Sindicato.

Osiel diz que a intenção do ato, além de mostrar indignação, era mensurar a adesão da categoria. “Neste sentido, o protesto foi muito positivo. Precisamos estar muito unidos, pois já é o terceiro mês de negociação e, até agora, o patrão está fazendo propostas muito aquém do desejo dos trabalhadores”, ressaltou.

Além do acréscimo nos salários, a categoria luta por licença maternidade; direito à divisão das férias; aumento do auxílio-alimentação para R$ 30,00; incorporação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); além de outras cláusulas sociais.

A próxima assembleia-geral acontece na Praça dos Aposentados, Conic, no dia 28 de julho, a partir das 12h. A diretoria do Sindicato convoca todos os trabalhadores do DF, e ressalta que a participação de cada um é essencial para mostrar a força da categoria e o envolvimento com a Campanha.

Fonte: SINDPD-DF/CUT

Fotos: Trabalhadores da CTIS, Cast, Stefanini e Engebras, no dia de luta das Particulares, dizendo não a proposta de 5,5% de reajuste.