Os funcionários da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), em greve desde segunda-feira (25), pressionam pelo cumprimento do Acordo Coletivo do Trabalho (ACT), assinado pela empresa no TST e desrespeitado posteriormente. Todos os trabalhadores que são lotados na sede no DF e que não possuem cargos comissionados aderiram à paralisação e estão instalados em acampamento próximo QG do Exército.
Depois de pedidos de retirar o acampamento da greve do local à Agefis, a quem não compete essa função, o Exército ameaçou fazê-lo. “Na avaliação do Sindsep, essa intimidação representa um atentado à democracia e ao direito de manifestação, que é assegurado pela Constituição”, ressalta o secretário geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF (Sindsep).
A greve foi motivada depois que a empresa desonrou o compromisso negociado com as entidades sindicais na audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho – TST, realizada dia 30 de abril, quando a Imbel concordou com os termos do o ACT proposto pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra Martins Filho, o qual previa a reposição da inflação, a manutenção das cláusulas do ACT que expirou dia 31 de março, e ganho real na cesta básica e auxílio creche.
No entanto, em 6 de maio, a empresa descumpriu o acordo, suspendeu as negociações e reapresentou uma proposta anterior (de 1º de abril), que fora rejeitada pelos trabalhadores por não contemplar as principais reivindicações da categoria.
A maioria dos contratados é de terceirizados e militares. Entre os trabalhadores das empresas públicas, os da IMBEL são os que possuem salários mais baixos, com uma defasagem de mais de 50% em relação às demais remunerações no serviço público.
No primeiro dia de greve, o acampamento dos funcionários da Imbel recebeu visita de solidariedade do secretário de Organização da CUT, Jacy Afonso, e do secretário geral o Sindsep-DF, Oton Pereira.
Fonte: Sindsep DF |