Trabalhadores das empresas Particulares do Distrito Federal reunidos em assembleia nesta terça-feira (12/5), no auditório da CUT Brasília, aprovaram por unanimidade a pauta de reivindicações que será entregue ao sindicato patronal. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes a reunião que deu início a Campanha Salarial 2015/2016 da categoria. Algumas alterações ao texto foram apresentadas e aprovadas pelos trabalhadores. 

Entre os destaques foi aprovada a alteração da cláusula que trata do ganho real, passando de 5% para 10%, mais o percentual referente ao IPCA, acumulado no período de 12 meses compreendido entre 1º de maio de 2014 a 30 de abril de 2015. 

"Essa é uma proposta progressista. O Sindicato trabalha na linha de ter consciência do que apresenta. Encaminhamos pelo percentual de 5% mais o IPCA, com base em fundamentação do Dieese. Mas se os trabalhadores acreditam nessa proposta, vamos caminhar juntos para alcançar esse objetivo", analisou o diretor de Relações Sindicais, Claudinei Pimentel. 

Outros destaques aprovados tratam dos seguintes itens da pauta: banco de horas – acordo específico para cada empresa; auxílio-creche – mudança de redação para contemplar empregada/empregado; licenças – ao invés de 3 (três) dias, passou para 5 (cinco) dias úteis consecutivos, "em caso de falecimento do cônjuge, ascendente ou dependentes legais para descendentes, irmão e irmã, sem prejuízo da respectiva remuneração". 

Manutenção das assembleias no horário de almoço -Quanto ao horário da assembleia foi aprovado, por maioria, a manutenção das reuniões às 12h. "As primeiras assembleias normalmente eram esvaziadas. Contamos com uma presença expressiva de trabalhadores nesta primeira assembleia de 2015 em relação a outros anos no período noturno", destacou o presidente do SINDPD-DF, Djalma Ferreira.

Para o diretor Osiel Rocha, as reuniões à noite tinham realmente baixa adesão. "Estamos felizes com o aumento da participação dos trabalhadores e acredito que esse horário tem atendido às necessidades. A noite muitos estudam ou têm que pegar os filhos na escola. No almoço, os trabalhadores fazem um esforço, atrasam um pouco, mas tem mais possibilidade de participação. Esperamos que esse número cresça ainda mais. Os trabalhadores estão sentindo a importância da mobilização em um momento de conjuntura econômica difícil para conseguir avanços", afirmou.

Mobilização das bases para avançar - O diretor Claudinei Pimentel, também falou da luta do SINDPD-DF para ampliar o número de representantes sindicais. "Estamos trabalhando pela mobilização nas bases, elegendo a figura do representante sindical em prol da nossa campanha. O trabalhador que está na ponta vai ajudar muito e está respaldado, em caso de uma greve geral da categoria. Ele tem uma estabilidade de dois anos e vai ser o elo entre a representação sindical e o local de trabalho. Queremos ampliar esse número", ressaltou.

Diretoria do SINDPD-DF