Nesta terça-feira, 25/11, os trabalhadores da BBTS/Cobra entraram em greve por tempo indeterminado. A categoria revindica melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial, pauta que já foi apresentada à diretoria da empresa em quatro mesas de negociação que não surtiram o efeito esperado. Quase a totalidade dos funcionários da empresa presta serviço para o Banco do Brasil.
A mobilização articulada pelo SINDPD-DF, OLT/Cobra e outros trabalhadores conseguiu sensibilizar a categoria e fazer com que os empregados da empresa entendessem a importância de cruzar os braços.
“Os trabalhadores perceberam a importância de mobilizar e pressionar a empresa, pois não estamos conseguindo nas mesas de negociação o avanço desejado”, afirma Djalma Ferreira, presidente do sindicato. Nas mesas de negociação, a empresa apresentou a proposta de 0,5% de ganho real no salário dos servidores e não se posicionou à respeito das cláusulas sociais.
Funcionários de seis estados aderiram à greve, aprovada pelos trabalhadores em assembleia extraordinária realizada no último dia 17. Atualmente, um técnico de operações da empresa recebe R$ 1.627,90 por mês, enquanto o piso salarial dos funcionários do Banco do Brasil é de R$ 2.043,36. O salário médio de um técnico em outras empresas é de R$ 2.100, o que significa uma diferença de quase R$ 500 por mês.
Além do reajuste salarial com ganho real de 5% e reposição inflacionária relativa aos últimos 12 meses, os trabalhadores reivindicam o fim do assédio moral com a criação de políticas preventivas e apuração dos casos relatados, que atualmente é a queixa constante dos funcionários em filiais de todo país.
Mais uma vez, o SINDPD-DF chama a atenção dos trabalhadores para o fato de que a greve é um direito constitucional e que, por fazerem parte da categoria de Tecnologia da Informação, é desnecessário que um número mínimo de funcionários permaneça desempenhando suas atividades durante a greve. Qualquer tentativa que parta da empresa com o intuito de impedir que os trabalhadores façam parte da mobilização deve ser denunciada, orienta o sindicato.
Foto: Marcelo Lima
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