Na última quinta-feira,31/10, a Comissão de Representantes dos Anistiados de Brasília se reuniu na sede da CUT/DF, com a presença do SINDPD-DF e da Fenadados, para discutir com os trabalhadores anistiados a ação do Ministério Público do Trabalho e o Processo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), assim como as ações junto ao Congresso Nacional e outros informes. Segundo a diretora do SINDPD-DF e coordenadora nacional do movimento (CNDAESP),  Rosa Maria M. de Barros, o momento vivenciado pela luta dos anistiados é muito oportuno, já que agora pode contar com o apoio do sindicato, que acolheu a todos de portas abertas. Rosa expôs as dificuldades de avanços nesse atual governo democrático e popular, o Governo Dilma, por ser um governo muito mais técnico do que político.  

Com o intuito de avançar politicamente, a comissão dos anistiados está agendando duas audiências públicas na Câmara dos Deputados para sensibilizar os parlamentares sobre o drama vivenciado pelos anistiados, que retornaram ao trabalho e não conseguiram a equiparação salarial, cursos ou mesmo a previdência complementar.

"Ressaltamos a necessidade de união de todos os anistiados na luta e o compromisso com a causa, neste momento tão difícil, conduta que, historicamente, os anistiados de Brasilia sempre tiveram. Corrigimos uma injustiça com a conquista do retorno desses trabalhadores. Agora, precisamos garantir isonomia de tratamento entre os trabalhadores anistiados e os demais colegas de trabalho. É necessário lotar os plenários nos dias das audiências para chamar a atenção dos parlamentares e da opinião pública para a nossa luta", explicou Rosa. O grupo reafirmou a necessidade de uma previdência complementar para os anistiados (SERPROS), o que se tornou impossível para muitos por conta dos baixo salários. 

Com essas audiências, o grupo de anistiados espera sensibilizar também o Judiciário a agilizar o julgamento da ação promovida pelo Ministério Público do Trabalho. A advogada do SINDPD-DF, Deliana Valente, também explicou que os trabalhadores anistiados podem e devem entrar com ação coletiva do FGTS, mesmo que seus contratos tenham sido interrompidos e retornados recentemente. "Essa ação não é contra o Serpro e sim contra a Caixa Econômica Federal. Por esse motivo, orientamos o trabalhador a retirar o extrato analítico do período de 1999 até os dias atuais, independentemente se ela estava no Serpro ou em outro emprego".Esclarecidas as dúvidas dos trabalhadores, a Coordenação Nacional dos Anistiados agendou reunião com as representações estaduais para o dia 6/11, a partir das 10h, no auditório Renato Guilherme, localizado na sede da Fenadados, em Brasília.