No dia 24/5/2012 ocorreu a 3ª mesa de negociação do Serpro sem a presença dos estados da Bahia, Santa Catarina e Sergipe, que decidiram não participar, e do Rio Grande do Sul, que se recusa a passar a procuração para a Fenadados. Infelizmente, estes sindicatos insistem em ignorar as decisões da Plenária Nacional de Campanha Salarial 2012/2013, dividindo mais uma vez a categoria. E como não bastasse, divulgam versões falsas que não contribuem para a solução deste problema. 

 

Porém, para entender o que está acontecendo é preciso resgatar a história recente da nossa categoria:

 

Na Campanha Salarial do ano passado, o sindicato do RS, que não é mais filiado à Fenadados e à CUT, pretendeu liderar um movimento, atraindo os sindicatos de  SE, SC e um setor do sindicato da BA, pertencentes ao Serpro e a Aned, para realizar de todas as maneiras uma campanha salarial paralela à campanha liderada pela Fenadados e seus sindicatos filiados. Ao invés de participarem da Plenária Nacional de Campanha Salarial 2011/2012, junto com os demais sindicatos do Brasil, realizaram reuniões, elaboraram uma pauta e tentaram implementar mesas de negociação com o Serpro e a Dataprev. 

 

Como não obtiveram sucesso, fizeram uma denúncia vazia junto ao Ministério Público do Trabalho que, ao verificar a real verdade da categoria, determinou o arquivamento da denúncia. Recorreram, então, ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), que negou a possibilidade de negociações paralelas e reafirmou que o único representante legal dos trabalhadores (as) de TI no País é a Fenadados. Isolados politicamente e derrotados na justiça, não tiveram outra alternativa senão procurar a nossa Federação para participar da Campanha Salarial deste ano.

 

A Fenadados levou, de forma democrática, a decisão sobre a participação do sindicato do RS para a Plenária Nacional de Campanha Salarial 2012/2013, que teve a participação de 200 delegados (as) de todo o Brasil, representando os sindicatos da categoria. A decisão dos delegados presentes na Plenária, que não poderia ser mais correta, foi a seguinte:

 

1) Acatou a participação do sindicato do RS, não filiado, desde que assine procuração conferindo poderes para a Fenadados representá-los, tal como já acontece com o SindPD-SP, do qual todos os anos é exigida procuração exatamente por não ser filiado à Federação;

 

2) Todos os sindicatos filiados podem e devem participar das mesas de negociação como coordenação ou observadores. Devem participar das instâncias de deliberação (comandos e plenárias) da Campanha Salarial e das reuniões de preparação e avaliação das mesas de negociação.

 

Os sindicatos de RS, SC e parte do da BA insistem que não têm que cumprir com as regras que todos os outros cumprem. Alegam que a Fenadados está impedindo a sua participação e que está dividindo a categoria. Esta afirmação é MENTIROSA, LEVIANA E DESCABIDA. 

 

Na segunda mesa de negociação do Serpro, eles solicitaram participar da rodada mesmo sem cumprir as regras aprovadas na Plenária, e a participação foi autorizada, num gesto político para a construção de uma verdadeira unidade e como forma de demonstrar que a Fenadados e os seus sindicatos filiados querem que eles participem. Entretanto, no dia da mesa, foi dito aos representantes daqueles sindicatos, claramente, que teriam de cumprir as regras aprovadas na Plenária e que aquela exceção não se repetiria, pois todos deveriam cumprir as mesmas regras dos demais sindicatos.

 

Como vem acontecendo há mais de 20 anos,  a Fenadados, por se pautar politicamente pelos princípios éticos, democráticos e participativo, sempre fez questão de garantir aos trabalhadores a ampla participação no processo negocial. Por esta razão, é que deliberou uma forma participativa de aprovação das pautas de reivindicação, através da Plenária de Campanha, por delegados eleitos em assembleia. Nestas assembleias, além de elegerem os delegados e aprovarem uma pré-pauta, ratifica-se a representação da Fenadados para negociar e acordar durante o processo negocial. Este procedimento democrático, jamais retirou da Fenadados a sua condição de representante legal dos trabalhadores.

 

A iniciativa do SindPPD-RS de buscar a justiça para estabelecer uma campanha salarial paralela em 2011 fez com que o Tribunal ratificasse este entendimento e, ao afastar a possibilidade de representação do SindPPD/RS, RATIFICOU o entendimento já consolidado há mais de 20 anos de que é a Fenadados quem representa os trabalhadores (as) nas negociações nacionais, como as do Serpro e Dataprev.

 

A exigência da procuração para o SindPPD/RS que hoje é feita pela Federação é exatamente porque este sindicato não é mais filiado à Fenadados.

 

Infelizmente, o SindPPD-RS insiste em ter privilégios em relação aos demais sindicatos e na quinta-feira (24/5), CONTANDO COM O APOIO DE LÚCIA HELENA (Sindados-BA), LUIZINHO (OLT-DF) e JAIRO (SindTIC-SE), quis participar da 3ª mesa de negociação do Serpro sem cumprir as regras determinadas pela Plenária Nacional.

 

Apesar de mais uma vez a Fenadados ter deixado claro para o Sindados/BA e SindTIC/SE que poderiam participar da mesa de negociação porque são filiados à Fenadados, bastando participar da reunião de preparação de mesa, os representantes dos referidos sindicatos não participaram da pré-mesa e, mesmoa assim, vieram na hora da mesa forçar a barra para participar da negociação juntamente com VERA GUASSO, do SindPPD-RS.

 

A coordenação da campanha salarial não autorizou a participação nesta mesa e os mesmos deram um verdadeiro vexame na porta da sala em que ocorria a reunião, dando murros na porta e gritando, ou seja, tentando inviabilizar a mesa, o que felizmente não aconteceu. 

 

A tentativa de invasão da sala de reunião da Fenadados foi impedida por dirigentes sindicais de outros estados que se encontravam na Federação no momento da invasão.

 

A Fenadados conclama estes representantes, com um comportamento que em nada contribui para a evolução das conquistas dos trabalhadores (as), a refletirem sobre seus atos e a se integrarem à Campanha Salarial 2012/2013, construindo a verdadeira unidade dos trabalhadores (as). O que falta é muito pouco: responsabilidade e respeito para com os trabalhadores (as).