Na manhã desta quarta-feira, 16, os trabalhadores da Dataprev conquistaram o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na luta pelo fim das demissões promovidas pela empresa. A notícia foi dada pelo presidente da Fenadados, Carlos Alberto Valadares Pereira (Gandola), durante a segunda mobilização contra os desligamentos coletivos promovidos pela Dataprev. O ato público, que começou às 10h, foi realizado na porta do Ministério da Previdência Social, em Brasília, e reuniu cerca de 100 pessoas. O presidente do SINDPD-DF, Djalma Ferreira, estava à frente das reuniões e mobilizações. O sindicato realizou reunião no dia 15/5 com os trabalhadores da Dataprev para organizar a mobilização.  

O MTE vai intermediar uma reunião entre os trabalhadores da Dataprev e o Ministério da Previdência. Isso porque, recentemente, a Dataprev (DTP) passou a atender o MTE, fazendo a manutenção de parte de seus sistemas. Antes, este serviço era executado pela Datamec, que ao perder o contrato demitiu cerca de 50 funcionários. Entretanto, segundo denúncia da representação dos trabalhadores, do final de março até agora, 72 pessoas já foram demitidas pela DTP.

“A Dataprev alega que precisa renovar o seu quadro funcional para dar conta dos serviços para o MTE e o Datasus. Então, como é possível a Dataprev demitir um contingente maior de trabalhadores do que a Datamec, que perdeu o contrato? Diante deste quadro, pedimos a interferência direta do Ministério do Trabalho, cobrando esta questão das demissões”, falou o presidente da Fenadados aos participantes da mobilização.

Gandola destacou que os dirigentes sindicais têm que mobilizar os trabalhadores para cobrar do Governo Dilma o fim das demissões.

“Para conseguir demitir mais de 70 trabalhadores e resistir tanto, só pode ser uma política de governo. Não é possível que uma empresa pública, durante um governo que se diz democrático e popular, realizar demissão em massa. Isso só se viu nos Governos FHC e Collor. Nós, como liderança sindical, temos que cobrar do governo e do Partido dos Trabalhadores a manutenção destes empregos.”, conclamou Gandola seus companheiros de luta.

O presidente da Fenadados também lembrou sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), emitido pelo Ministério Público, que determina a extinção de cerca de 40 cargos ad nutuns pela Dataprev.

“A Dataprev descumpriu o TAC. Além de não ter demitido os 40 cargos comissionados, contratou mais 11! Queremos a responsabilização dos gestores da Dataprev, que já partem para a improbidade administrativa!”, afirmou Carlos Alberto.