Em sentença do dia 8/10/2010, a empregada da Dataprev há mais de 21 anos, Selma Mariscal de Albuquerque, teve determinada a sua reintegração de forma definitiva à empresa. Antes disso, Selma tinha apenas a tutela antecipada. Agora com a decisão da justiça, a rescisão foi declarada nula. A Dataprev deverá proceder todos os acertos de pagamentos do período em que ela ficou afastada, ou seja, 1 ano e 1 mês. A empresa, habituada ao recurso e a ir até a última instância na justiça, já entrou com recurso. De acordo com o secretário-geral do SINDPD-DF, Edson Simões, o caminho até a vitória é longo, mas sólido. "Temos a nosso favor a questão do assédio moral que pesa muito contra a empresa e a favor de Selma. Se a Dataprev está acostumada a ir até o fim, nós também estamos. Defenderemos nossos trabalhadores até o final", garante Edson.
Não ao assédio moral
Demitida no dia 1º de junho de 2009, sem justificativa aparente, Selma e seus colegas ficaram chocados com a forma como ela foi convidada a sair da empresa. Ela ficou batendo no vidro e pedindo para que os colegas abrissem a porta para que pudesse sair. Com um regime diferenciado na Dataprev, com carga horária de seis horas e com flexibilização do seu horário de trabalho, apoiado pelo Acordo Coletivo da Dataprev, para cuidar do filho que é portador de necessidades especiais com graves deficiências, ela nunca teve sua condição de trabalhadora aceita pela diretoria e passou por diversos constrangimentos, humilhações e retaliações. O sindicato entrou com ação em defesa da trabalhadora e, até agora, os resultados são favoráveis. Ela foi reintegrada e o caso continua na justiça. |